Não consigo parar de pensar no professor que foi morto por um aluno há exatamente uma semana.
Primeiramente, por uma razão óbvia: eu poderia ter sido a vítima.
Também sou professor universitário, também moro em Belo Horizonte, também me relaciono com muitos alunos, também corrijo provas...
Mas não é só isso. Fico pensando se esse evento não seria apenas o caso mais extremado de um ambiente de desvalorização do professor e do magistério.
Não sei. Pode ser um exagero pensar assim.
É possível que estejamos diante de um fato isolado, de um caso patológico, de uma explosão de ira que poderia ter ocorrido entre o passageiro e o taxista, entre o cliente e o garçom, entre o enfermo e o médico.
Mas o diabo é que mataram o professor. Mataram o professor! Mataram o professor!