Riobaldo, personagem de Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas, disse:
“Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas”.
Eu gosto dessa frase. Gosto tanto que vivo fazendo perguntas. Por exemplo:
1. Como se pode admitir com tanta naturalidade que professores do Ensino Superior exerçam o magistério sem nenhum conhecimento de Didática ou de Metodologia do Ensino?
2. Por que, enquanto professores, repetimos muitos dos erros que criticávamos nos nossos antigos mestres?
3. Por que o esporte preferido dos alunos continua sendo falar mal dos professores e o dos professores reclamar dos alunos?
4. Se a avaliação é o grande pesadelo de alunos e professores, por que ela continua do mesmo jeito há tanto tempo?
Quem tiver alguma ideia sobre esses assuntos, ainda que provisória, não deve guardá-la apenas para si. Fica, desde logo, convidado a oferecê-la ao debate. Uma grande solução pode vir de um simples comentário. Uma resposta importante pode ser sugerida tão somente por uma nova forma de propor a pergunta. Afinal, o mesmo Riobaldo confessou:
“Mas foi aquele grão de idéia que me acuculou, me argumentou todo. Ideiazinha. Só um começo. Aos pouquinhos é que a gente abre os olhos; achei, de per mim”.
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