sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Entrevista com o Professor Lemos



Crédito do desenho: Hugo Freitas

Antônio Carlos Lemos ou, simplesmente, Professor Lemos é Graduado, Mestre e Doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais; Pós-Doutor pelas universidades de Bologna, Paris, Salamanca, Coimbra, Oxford e Atlântida; Professor Visitante nas universidades de Harvard, Cambridge, Heidelberg, Lisboa, Barcelona e Guarapari; Professor Catedrático Titular na Faculdade de Direito Lemos e Lemos; e Sócio Presidente do Lemos e Lemos Advogados Associados.

No dia 20 de outubro de 2017, o mestre recebeu-nos em sua residência de inverno, nos arredores de Belo Horizonte e, durante todo o tempo da entrevista, permaneceu acompanhado de seus três cães de estimação, Savigny, Puchta e Ihering.

1. O que significa ser professor?

Transferir conhecimento.

O senhor gostaria de completar…

Não, é só isso mesmo.

2. Como o senhor se decidiu pelo magistério?

Dar aulas pra mim é, antes de tudo, uma forma de devolver à sociedade um pouco do que recebi, além de ser, obviamente, um modo de me manter eternamente jovem. 

3. Quais foram os seus grandes mestres?

Eu tive grandes mestres. Um muito marcante foi o meu queridíssimo professor de Introdução ao Estudo do Direito, de cujo nome agora não me lembro, mas que me marcou muito, muito mesmo.

4. Como vai o ensino jurídico no Brasil?

A pergunta é maliciosa, porque isso depende. Aqui na Lemos e Lemos, por exemplo, estamos bem. Salas de aula sempre lotadas, alunos que pagam a mensalidade em dia e, principalmente, um método de ensino que entrega os profissionais que o mercado quer. Agora, já não posso dizer o que se passa nas outras faculdades.

5. Qual o pior defeito que um professor pode ter?

O pior defeito que um professor pode ter é achar que tem defeito. Confiança é tudo, meu jovem.

6. Quais são os seus livros favoritos?

Posso falar de livros de outros autores ou preciso falar só dos meus?

Fique à vontade.

Bom, dos meus livros, é difícil escolher, mas posso citar: “Breve História do Direito Processual Civil: do Código de Hamurabi ao Código do meu amigo Fux”, “Eu, o Professor Lemos: autobiografia autorizada”; e “O Futuro do Direito no Sistema Solar: impressões iniciais de um simples observador”.

De outros grandes autores, também menciono três, que é pra manter a simetria.

O primeiro se chama “Como Fazer Pessoas e Influenciar Amigos”, ou alguma coisa do tipo.

O segundo é “A Arte da Guerra”, livrinho pequeno, mas muito interessante, de um autor chinês, chamado Tolstoi, ou Dostoievski, não sei bem. 

E o terceiro é “O Príncipe”, de Maquiavel, na versão com os comentários de Michel Temer.

7. O senhor gostaria de fazer mais alguma consideração?

Hoje, no desjejum, eu conversava com o Savigny justamente sobre essa coisa de ensino jurídico e tal. O fato é que essa meninada de agora não quer saber de nada. Mas comigo é sem conversa. Se não escrever na prova exatamente o que eu falei na aula, paciência, vai ter de estudar de novo, repetir o semestre, até aprender. Desaforo.


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