Como vai o ensino jurídico no Brasil?
Em entrevista ao blog, João Baptista Villela fez a seguinte declaração:
"O ensino brasileiro vai de mal a pior. Nunca o vi tão decadente em toda a minha vida".
Marcelo Galuppo, por sua vez, afirmou o seguinte:
“Eu acho que o ensino jurídico brasileiro é ótimo. Eu sou a favor de abrir um curso de Direito em cada esquina”.
Afinal, quem tem razão?
7 comentários:
Acredito que o famoso "nem tanto ao céu, nem tanto à terra" cairia bem.
Não acho que abrir uma faculdade em cada esquina seja algo bom (engraçado que quando li, senti um certo tom de ironia no comentário de Galuppo..). Como seria a fiscalização dessas faculdades? Se estão realmente cumprindo seu dever??
Também não acredito que o ensino esteja decadente. Existem casos, mas não se pode generalizar, mesmo porque, o ensino é medido pelo aprendizado dos alunos e se não houverem alunos comprometidos, o ensino realmente parecerá decadente, não por si, mas pelos alunos.
Sendo assim, acredito que é preciso uma maior fiscalização do MEC sobre as instiuições de ensino. E não falo só de faculdades, mas desde a pré-escola.
Isso aliado à seriedade dos alunos, os quais não devem apenas reclamar do ensino, mas esforçar-se por melhorá-lo. (Essa parte, tenho para mim, que é dever dos pais passar aos filhos..).
Parecem utopias, palavras que sempre são ditas, mas nunca se tornam realidade. Porém, alguém alguma vez disse que é preciso sonhar para se ter o que buscar.
Eu concordo plenamente: sonhemos e busquemos!
Luanda,
Você leu o texto da Miracy, publicado aqui no blog? Ela, assim como você, não é nem galuppiana nem villeliana.
Um abraço,
Giordano
Oi, Giordano!
Li sim, muuito bom!
Mas quando escrevi nem me lembrei do texto dela. Vou reler!
Assisti uma palestra da Miracy ainda no 1º período (agora estou no 4º), sobre o Polos. Achei bastante interessante e ela foi uma pessoa que logo me cativou. Depois de ler a entrevista com ela aqui no blog, gostei ainda mais. Espero ainda ter oportunidade de ser aluna dela.
Volto a insistir:
a) A educação, qualquer que seja sua qualidade, alarga horizontes;
b) Não se cursa Direito (ou qualquer outro curso) apenas para se exercer uma profissão;
c) Para avaliarmos o processo educativo, precisamos levar em conta o "produto". Pergunta 1: Os alunos de Direito saem melhotes ou piores que entraram? Pergunta 2: Os profissionais formados hoje são geralmente melhores ou piores que os profissionais formados há 30 anos atrás?
Evidentemente, há uma ironia no que eu disse. Mas realmente acredito no que disse. A função do intelectual é fazer pensar pelos seus chistes e fazer rir por sua seriedade.
Caríssimo Marcelo,
Os alunos que freqüentam cursos de péssima qualidade sabem que estão estudando para alargar seus horizontes ou será que, na grande maioria, têm a firme e ilusória expectativa de que poderão exercer profissões jurídicas?
Um abraço,
Giordano.
Na minha opinião, a maioria dos alunos que estudam em faculdades de péssima qualidade só pensam em fazer concurso. Porque hoje há a ilusão de que basta fazer Direito para passar em um bom concurso. Triste ilusão! Dificilmente serão verdadeiros juristas!!
Caríssimos leitores,
Pra ninguém imaginar que Galuppo e Villela são inimigos, vale a pena ler o texto que o primeiro escreveu sobre o segundo. É só conferir em: www.marcelogaluppo.com
Um abraço,
Giordano.
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