Pergunta enviada pelo representante de turma do 2º período:
Você concorda com o fim do exame especial?
Resposta do Professor Doutor (e Pós-Doutor) Lemos:
Se não estou enganado (e raramente estou enganado), o exame especial é aquela provinha que os artistas, quer dizer, os alunos fazem quando atravessam o semestre inteiro sem obter a pontuação mínima. É isso mesmo, né? Se eu acho que deveria acabar? Nunca deveria ter existido.
Em primeiro lugar porque é uma prova e, se é uma prova, significa que o professor deve elaborá-la e corrigi-la. Tudo bem que monitores e estagiários de docência estão aí para esse tipo de coisa, mas é inegável que dá algum trabalho, sim.
Em segundo lugar porque pode servir como prêmio à malandragem. Veja bem, o artista, quer dizer, o aluno leva o semestre inteiro na flauta e, depois, faz o diabo para tirar boa nota numa única prova, usando, quase sempre, de artifícios que não convém sequer mencionar aqui.
Em terceiro lugar porque favorece a cultura do mimimi. Se o professor já tiver decidido reprovar um artista, quer dizer, um aluno, é melhor aceitar que ele já está reprovado. Não será uma segunda, terceira, quarta, quinta ou sexta chance que vai mudar isso. E o exame especial pode ser apenas mais uma oportunidade para reclamações, choradeira e esses recursos inúteis.
Então, muito embora tenha o peso que tem, por ser minha, é apenas uma opinião. Evidentemente, ninguém está obrigado a concordar. E ninguém será perseguido se discordar. Claro que não vou ficar de marcação com alunos que se manifestarem de modo contrário. Jamais utilizaria meu poder, por exemplo, para ferrar com um representante de turma que faz papel de engraçadinho. Academia é lugar de dissenso. Eu respeito opiniões alheias, mesmo quando elas não têm sentido algum.
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