Um assunto tem me perseguido nas últimas
semanas. A primeira vez que ouvi sobre ele foi numa apresentação da Elaine
Cristina da Silva, aluna do mestrado em Direito da UFMG. Trata-se da tentativa
de comparar professores que cuidam da educação de crianças e professores que
cuidam da educação de adultos.
Professores da educação infantil
ensinam. Professores universitários, também. Professores da educação infantil
esperam que seus alunos aprendam. Professores universitários, também.
Professores da educação infantil avaliam. Professores universitários, também.
Mas em qual desses dois contextos,
o da educação infantil ou o da educação universitária, é mais provável que a
avaliação esteja desconectada do processo de ensino e aprendizagem? Ou que seja
utilizada para obrigar estudantes a estudar determinados assuntos? Ou para
manter o interesse dos estudantes nas aulas e nas demais atividades? Ou para
reforçar a autoridade do professor? Ou para punir estudantes que não tenham se
comportado bem?
Em qual desses ambientes é mais
provável que a avaliação seja percebida como um fim em si mesma? Ou como algo mais
importante que o aprendizado?
Enfim, em qual desses ambientes é
mais provável que estudantes sejam tratados como seres incapazes de agir por
conta própria?
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