“Pedagogia do Sofrimento” é o
nome de um livro que ainda não foi escrito. Nele, o processo de ensino e aprendizagem
é apresentado como o conjunto das maldades que o professor organiza,
cuidadosamente, com o objetivo de ajudar o aluno a perceber que a vida é
difícil mesmo. A ideia é explorar ao máximo o valor pedagógico da angústia e
da tristeza.
Se o mercado de trabalho é mesmo
um lugar duro, cheio de desafios, é preciso preparar os estudantes. E
obviamente não há melhor modo de fazê-lo senão reproduzindo cada uma
de suas mazelas, didaticamente.
Para o cumprimento do propósito,
a primeira prova tem lugar central. É importante que ela proporcione, desde o
início do semestre, algo parecido com o pânico e a ansiedade, e, quando
corrigida pelo professor, um misto de revolta e frustração.
Na sequência do curso, pode ser
interessante manter suspense sobre quem será aprovado e quem será
reprovado, de preferência, até o último dia de aula.
De todo modo, o essencial é
proporcionar, agora, boa dose de sofrimento, de modo intencional e
sistemático, para que, no futuro, os nossos queridos
alunos, abandonados à própria sorte, não corram o risco de
sofrer.
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