quinta-feira, 15 de março de 2018

Que tipo de gente ainda compra agenda de papel?

Meus amigos sabem que não sou fã de novas tecnologias. Nunca li um livro digital, por exemplo. Mas quero deixar claro que não compro agendas de papel. Isso mesmo. Já abandonei esse velho hábito. Não vejo graça naquelas bancas que as livrarias organizam no mês de janeiro e que, aliás, ficam menores a cada ano. Quero deixar bem claro, então, que não compro agendas de papel. Na verdade, de uns tempos pra cá, eu mesmo fabrico minhas agendas de papel. Como? É simples. Eu explico. 

Antes, no entanto, preciso dizer que o essencial é ter uma agenda, de papel, de plástico, de ferro, de alumínio, de papiro ou mesmo num desses aparelinhos que as pessoas usam como extensão do corpo. E a razão é simples: não dá para organizar a vida se as informações permanecem apenas na cabeça ou se estão espalhadas em diferentes locais. É preciso colocar tudo no mesmo ambiente, que deve ser simples, adaptável, portátil e, de preferência, barato. Não consigo pensar em nada melhor que uma agenda de papel, feita sob medida, mas cada um deve encontrar o próprio estilo.

Para fabricar uma agenda de papel, o primeiro passo é comprar um caderno pautado. Eu prefiro o “Mais”, da “Tilibra”, com 96 folhas, que custa por volta de R$5,00. 

Depois, é preciso criar divisões internas. Eu sempre trabalho com três. 

Na parte inicial, que é o “Calendário”, anoto os dias, de modo que segunda, terça e quarta fiquem numa página, e quinta, sexta, sábado e domingo, na página ao lado. Assim, consigo visualizar a semana inteira. Reservo seis linhas para o registro dos compromissos dos dias úteis (de segunda a sexta) e duas para os demais (sábado e domingo). Em geral, para cada caderno, anoto os dias correspondentes a apenas três ou quatro meses. 

A próxima parte fica com o nome de “Missão, metas e projetos” e é nela que registro informações sobre esses tópicos, para que possa consultá-las a qualquer momento e em qualquer lugar. 

A parte final, que chamo de “Planejamento e registro”, é reservada para anotações diárias. No início do mês, uso uma página para registrar as prioridades do período. E faço o mesmo para o início da semana. No começo de cada dia, anoto as tarefas que pretendo realizar, classificando-as como importantes, urgentes ou circunstanciais, e prevendo o tempo destinado a cada uma delas. E é também nessa parte que faço registros das reuniões que frequento, das palestras e sermões que escuto, das leituras que realizo, das ideias que me ocorrem e de outras coisas que me parecem úteis, tendo sempre o cuidado de destacar itens que demandam atenção futura, para, em seguida, transformá-los em ações, tarefas ou compromissos. 

Na verdade, eu me sinto muito feliz com esse tipo de ferramenta. Percebo que, ao utilizá-la, além de organizar bem as atividades, fico conectado com o meu próprio tempo. Afinal, as pessoas não devem ter medo de inovar. A vida exige coragem. E ousadia.

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