Eu juro que tento evitar, mas quando penso na palavra “projeto”, o nome que me vem imediatamente à cabeça é o de Vanderlei Luxemburgo, muito embora, para o “pofexor”, a “ponúncia" correta seja “pojeto”.
Quem acompanha o futebol brasileiro, sabe que o talentoso treinador, depois de obter sucesso na década de 1990 e no início dos anos 2000, vem colecionando experiências desastrosas em quase todos os clubes da primeira divisão. Mas, nas entrevistas de estreia e sempre que o time perde uma partida importante, é inevitável que ele diga a frase: “Voxês xabem que eu xó tabalho com pojeto”.
E trabalhar com projeto, na verdade, ainda que não garanta o sucesso da iniciativa, pode ser mesmo uma boa escolha. Aliás, sempre que um objetivo exige a realização de duas um mais atividades, esse é o melhor modo de alcançá-lo.
No curso de “Introdução à Administração”, Antonio Maximiano define projeto como “atividade com começo e fim programados, que têm o objetivo de fornecer um produto singular”.
Evidentemente, uns podem ser muito simples e outros muito complexos. Se houver várias pessoas envolvidas, por exemplo, será necessário incluir um item sobre equipe, com distribuição de tarefas e mecanismos de acompanhamento. Se for necessário mobilizar recursos financeiros, será o caso de elaborar um orçamento. No entanto, no caso de um projeto feito no âmbito do planejamento pessoal, pode ser suficiente trabalhar com apenas três elementos: objetivo, atividades e prazos.
Objetivo é o resultado que se deseja obter com o projeto. É preciso descrevê-lo com clareza.
Atividades são as tarefas e os compromissos que deverão ser realizados para alcançar o objetivo proposto. No caso de uma tarefa, deve-se assinalar o dia em que ela será realizada. No caso de um compromisso, além do dia, também é necessário prever o horário. Ainda pode ser conveniente estabelecer a ordem de prioridade para a realização dos itens indicados.
Prazos são os marcos temporais dispostos no planejamento. Para cada projeto, deve-se anotar a data de início e a data marcada para a conclusão. Além disso, é preciso prever o tempo a ser consumido em cada tarefa ou compromisso, bem como o total das horas reservadas para o projeto como um todo.
Assim, se um estudante deseja se preparar para uma prova de monitoria, pode ser conveniente elaborar um projeto. Para isso, depois de descrever o objetivo, o próximo passo será listar as atividades, anotando, por exemplo, as tarefas de “fazer a inscrição”, “obter os textos indicados na bibliografia de referência” e “ler os textos indicados”, com o dia para realização e o tempo previsto para cada uma, além de compromissos como “realizar a prova escrita” e “participar da entrevista”, com indicação de data e horário. Se desejar, também pode estabelecer a ordem de prioridade de cada uma das atividades previstas. Em seguida, deve cuidar dos prazos, registrando a data de início e a data prevista para o término, o tempo previsto para cada atividade e o número de horas reservadas para a conclusão do projeto.
Mas não basta elaborar “pojetos". É preciso por a mão na massa. Do contrário, será o caso ter uma boa lista de desculpas para explicar objetivos jamais alcançados.
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