Há problemas em todas as instituições. Há problemas em todas as escolas. Professores que não dão aula. Alunos que não se interessam pela aula. Servidores que não se importam com nada. Desrespeito. Favorecimento. Falta de transparência. Descumprimento de normas acadêmicas. Desorganização administrativa. Escassez de recursos.
Cada membro da comunidade acadêmica pode escolher como se comportar ante as mazelas da escola. Ignorando-as, pura e simplesmente. Ou tentando combatê-las com as armas de que dispõe.
Aos primeiros, ofereço uma advertência, de Ihering.
Aos últimos, um conselho, de Paulo Freire.
"O fim do direito é a paz e o meio para atingi-lo á a luta. Enquanto o direito precisar estar pronto ante a agressão da injustiça, o que ocorrerá enquanto existir mundo, não poderá ele poupar-se da luta. A vida do direito é luta, uma luta dos povos, do poder do Estado, das classes, dos indivíduos".
(IHERING, Rudolf von. A Luta pelo Direito. Trad. de Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, 2001, p. 25).
"Está errada a educação que não reconhece na justa raiva, na raiva que protesta contra as injustiças, contra a deslealdade, contra o desamor, contra a exploração e a violência um papel altamente formador. O que a raiva não pode é, perdendo os limites que a confirmam, perder-se em raivosidade que corre sempre o risco de se alongar em odiosidade".
(FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necesários à Prática Educativa. 19. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996, p. 54).
Nenhum comentário:
Postar um comentário