Hoje, nas duas turmas do terceiro
período diurno, perguntei qual o pior defeito e qual a maior virtude da
Faculdade de Direito da UFMG.
Entre as virtudes, a que mereceu
maior número de referências foi a possibilidade de realizar atividades
interessantes fora da sala de aula, com destaque para os grupos de estudo. Também
foram citados o engajamento dos alunos em atividades políticas, sociais e
culturais, a qualidade dos alunos e dos professores, a diversidade que se
ampliou bastante depois da implantação das cotas, o bom posicionamento dos
egressos da Faculdade no mercado de trabalho, a interação com os estudantes de
outros períodos do curso, o incentivo à prática esportiva e a relativa
liberdade para construir a trajetória acadêmica.
Entre os defeitos, foram
mencionados os vários problemas de infraestrutura, a dificuldade de
sistematizar e compartilhar informações importantes para a vida acadêmica, a
desorganização e o excesso de burocracia dos vários setores administrativos, a
falta de interesse e de preparação de muitos professores, os obstáculos para a
interação com outros cursos da Universidade e o culto geralmente pouco crítico
ao passado supostamente glorioso da Faculdade.
Mas há um defeito que foi citado
com maior ênfase e que me deixou bastante preocupado. Alunos de ambas as turmas
mencionaram que a intolerância em relação às opiniões divergentes tem
simplesmente envenenado as relações pessoais. Sim, jovens entre 18 e 20 e
poucos anos, no âmbito de uma grande universidade pública, não estão
encontrando espaço para expressar livremente o seu modo de pensar.
E aí eu fico me perguntando que
raio de diversidade é essa que só aceita o diverso quando ele é bem parecido
com aquilo de que se gosta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário