Sei de pessoas
que aprendem melhor ouvindo do que lendo. Frequentam aulas, assistem vídeos e escutam
palestras. E são bem-sucedidas nas mais diversas atividades.
Também conheço pessoas
que não se lembram de livros nos momentos de descanso e lazer. Gostam de aparelhos
eletrônicos, produtores de imagens, sons ou das duas coisas ao mesmo tempo, que
podem até exibir textos, mas sempre de modo fragmentado e secundário. E essas
pessoas não parecem especialmente tristes.
Não acho que o
hábito de ler seja essencial para todo tipo de aprendizado, muito embora o seja
para alguns. E também não acredito que seja fundamental para o repouso ou a
felicidade.
Então, o que
dizer para quem não sente falta dos livros?
Talvez seja
melhor simplesmente não dizer nada. Mas se você leu até aqui, pode ser que
tenha paciência para uma pequena história, que me foi contada pelo pai de um
amigo de infância. É uma historinha simples, despretensiosa, dessas que os sertanejos declamam
ao redor da fogueira, em noites de lua cheia.
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